A Fototerapia com Laser de Baixa Potência e de LED´s no Tratamento da Alopecia Androgenética

Publicado em 10/02/2016 às 16:28h

Notícia Curiosidades

A Fototerapia com Laser de Baixa Potência e de LED´s no Tratamento da Alopecia Androgenética

A alopecia androgenética (AGA), conhecida popularmente como calvície, é a forma de perda capilar mais comum em homens, iniciando em torno dos 18 a 24 anos de idade e perdurando por toda a idade adulta. Apesar de ter menor prevalência entre as mulheres, a  AGA pode atingir mulheres especialmente após a menopausa, contudo, tem sido cada vez mais frequente encontramos mulheres em torno dos 30 anos de idade com AGA.

As características da AGA em homens e mulheres são bem diferentes. Enquanto em homens observamos um padrão de evolução com formação entradas em áreas de têmporas e vertix, nas mulheres observamos um cabelo que vai ficando mais rarefeito e fino, com densidade diminuída porém com distribuição normal e mantendo uma linha de cabelo frontal.

A AGA é provocada por um hormônio derivado da testosterona chamado Dihidrotestosterona (DHT). A testosterona é transformada em DHT por uma enzima chamada 5 alfa redutase e, uma vez liberada, ela ainda necessita se conectar a um receptor para ser ativada e causar danos a DNA do folículo piloso alterando o seu ciclo de crescimento normal. Os indivíduos geneticamente afetados possuem mais quantidade de enzima 5alfa redutase e mais quantidade de receptor. Por este motivo, estes indivíduos se tornam mais sensíveis aos afeitos da DHT sobre os folículos pilosos.

Dentre as opções de tratamentos médicos, os mais comuns e com eficácia comprovada cientificamente, estão os medicamentos Finasterida e Minoxidil e a cirurgias de transplante capilar. As medicações, contudo, além dos possíveis efeitos adversos normalmente inerentes às medicações, muitas vezes não alcançam resultados satisfatórios já que dependem do uso correto por parte do paciente. Já o transplante capilar, apesar de muito eficiente e definitivo, muitos pacientes não desejam se submeter à um procedimento cirúrgico. Isso sem falar que a cirurgia não dispensa a necessidade do indivíduo continuar tratando os cabelos não transplantados e afetados.

Em virtude dessas dificuldades, a ciência está sempre buscando novas opções terapêuticas que possam retardar o avanço da patologia seja isoladamente ou concomitantemente ao uso dos de medicações (ressaltamos aqui a necessidade da prescrição médica!!).

Neste sentido, a fototerapia com Laser de Baixa Potência e com LED´s surgi como um excelente recurso para o tratamento da AGA.

A fototerapia com laser de baixa potência vem sendo bastante estudada desde a década de 60 e, por conta disso, seus efeitos antiinflamatório, vasodilatador e biomodulador já foram bem descritos e comprovados por meio de muitos estudos, especialmente, no que diz respeito ao reparo tecidual. Porém, o uso da fototerapia no tratamento da AGA ainda é bastante recente e ganhou força nos últimos anos com a observação de Hipertricose Paradoxal (desenvolvimento de pelos em áreas próximas às áreas tratadas) em alguns indivíduos submetidos a fotoepilação a Laser, levando a ciência à levantar a possibilidade de que a temperatura submetida ao tecido não é capaz de promover termólise, ela pode ser capaz de estimular o crescimento dos pelos por meio da ativação de uma proteína de choque térmico específica.

Alguns estudos científicos já foram desenvolvidos com relação à aplicabilidade da fototerapia no tratamento da AGA, tanto in vitro como em humanos, demonstrando resultados bastante animadores. Dentre estes estudos, destaco o estudo de Weiss et. al. (2005) que irradiou células de papilas dérmicas com LED e observou regulação da expressão da enzima 5alfa redutase (que converte a testosterona em DHT), vasodilatação e liberação de fator de crescimento endotelial vascular, fazendo com que os autores concluíssem que a fototerapia por LED estimulou o crescimento capilar em células de papilas dérmicas, porém destacando que os resultados encontrados foram dose-dependentes.

Existem muitos estudos publicados com o uso de fototerapia no tratamento da AGA, porém, infelizmente, a maioria tem conflito de interesse (visto que muitos dispositivos de uso domiciliar foram lançados fora do Brasil) ou apresentam pouca clareza com relação aos parâmetros utilizados (tornando difícil e, às vezes impossível, calcular a dose utilizada por ponto), o que dificulta na definição dos parâmetros mais adequados a serem utilizados.

Por este motivo, o profissional que opta por utilizar a fototerapia como recurso para o tratamento da AGA deve conhecer profundamente o assunto e saber estabelecer com o maior nível de segurança dos parâmetros ideais (baseando-se no que há até o momento na literatura científica), uma vez que, existem estudos que relatam resultados ruins com uso de determinadas doses, por exemplo. 

Assim, vou listar aqui alguns parâmetros que considero primordiais para o sucesso da terapia, devendo ser bem estabelecidos, são eles: a fonte de luz (laser ou led), o comprimento de onda, a forma de aplicação, a dose, o tempo de tratamento e associações terapêuticas. 

Respeitando-se estes parâmetros o sucesso do tratamento é praticamente garantido! Digo praticamente pois o paciente também tem sua responsabilidade com o sucesso do tratamento!

Deixo abaixo a literatura utilizada para embasar as colocações deste texto, permitindo que vocês possam se aprofundar sobre o assunto caso se interessem. 

Um abraço a todos,

Caroline Constante

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